"Estou com medo de me apaixonar por você" - ela tinha dito naquela tarde chuvosa, enquanto ele dirigia o carro em direção ao fim do mundo. A frase mais covarde que já ouvira. Sugeria um monte de coisas que Brian não queria pensar no momento. Que ele não valia à pena, por exemplo. Ou que ela não gostava dele como era, e que talvez precise mudar algo para merecer o amor dela. Na estradinha de terra deserta, Brian se mirou no retrovisor. O senhor Gengiva estava lá.
"Senhor Gengiva" era mais que um nome, apesar de não estar escrito em lugar algum. Era assim que gostava de se chamar quando estava com raiva. E passava a maior parte da vida com raiva de si mesmo. Veronica rejeitar seu amor também o deixava com uma ponta de raiva. O apelido terrível - que ele usava como um codinome em sua guerra interior - foi dado por um moleque na época da escola, por um motivo muito simples: suas gengivas apareciam demais, principalmente quando sorria. E de boca fechada ele tinha aquele jeito deselegante de quem usa aparelho nos dentes. Brian cresceu reprimido, introvertido, um menino que não sorria, envergonhado e tímido demais em seu canto, deixando a vida passar lá fora. E agora, deixando o amor por Veronica passar. No fim, concluiu, era um covarde também. Covardes se machucam menos.
"Senhor Gengiva" era mais que um nome, apesar de não estar escrito em lugar algum. Era assim que gostava de se chamar quando estava com raiva. E passava a maior parte da vida com raiva de si mesmo. Veronica rejeitar seu amor também o deixava com uma ponta de raiva. O apelido terrível - que ele usava como um codinome em sua guerra interior - foi dado por um moleque na época da escola, por um motivo muito simples: suas gengivas apareciam demais, principalmente quando sorria. E de boca fechada ele tinha aquele jeito deselegante de quem usa aparelho nos dentes. Brian cresceu reprimido, introvertido, um menino que não sorria, envergonhado e tímido demais em seu canto, deixando a vida passar lá fora. E agora, deixando o amor por Veronica passar. No fim, concluiu, era um covarde também. Covardes se machucam menos.
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Tem dias que tudo que leio parece ter sido escrito pra mim. Com propósitos de me mostrar algo, mesmo que eu já saiba. Ou apenas pra me identificar com o texto como se fosse eu a autora.
Ás vezes acho coisas onde jamais imaginaria encontrar. Como esse texto, por exemplo. Sou um homem e me chamo Brian. É só o começo da história, o resto é bem relevante, principalmente pelo seu conteúdo.
Pode rir, eu encontrei esse texto em um site de contos vampíricos eróticos. É até legalzinho. Me identifico com o escritor, apesar do uso de certas palavras impróprias. Mas é um texto erótico, não é? Não deve ser tão impróprio assim, mas mancha um pouco. Perde a graça.
Não quero colocar o resto. É um texto grande, mas algumas partes se resumem na beleza física de Verônica. O seu gosto pelo sexo. Me lembrou muito o que eu escrevi no meu ultimo post.
Desanimo a cada dia. Sem vontade de ser como Verônica. De atrair pela simpatia forçada e pelo corpo bem delineado e firme. Eu quero, mas não consigo porque não me permito.
Me mandaram um vídeo. Filtro solar, traduzido por Pedro Bial. “ Você não é gordo como pensa. Pensar em problemas é tão eficaz quanto mascar chicletes enquanto resolve um problema de álgebra.” De certa forma, faz sentido. Por outro lado – o meu lado –, como deixaria de pensar, se é apenas nisso que penso? Seria também um problema não pensar em problemas.
Acho legal o otimismo de muitas pessoas, mas não vejo resultado nenhum. E otimismo quando não se tem pelo que otimizar, é apenas mentir pra si mesmo. Os covardes sofrem menos.
Minha avó foi internada nesta quinta-feira. Fico pensando como seria pra ela não pensar nos problemas dela. Na dor que ela sente. E também como teria vivido a juventude. Se teve os mesmos pensamentos que eu. Gostaria de poder fazer algo por ela. E por mim.
Ás vezes acho coisas onde jamais imaginaria encontrar. Como esse texto, por exemplo. Sou um homem e me chamo Brian. É só o começo da história, o resto é bem relevante, principalmente pelo seu conteúdo.
Pode rir, eu encontrei esse texto em um site de contos vampíricos eróticos. É até legalzinho. Me identifico com o escritor, apesar do uso de certas palavras impróprias. Mas é um texto erótico, não é? Não deve ser tão impróprio assim, mas mancha um pouco. Perde a graça.
Não quero colocar o resto. É um texto grande, mas algumas partes se resumem na beleza física de Verônica. O seu gosto pelo sexo. Me lembrou muito o que eu escrevi no meu ultimo post.
Desanimo a cada dia. Sem vontade de ser como Verônica. De atrair pela simpatia forçada e pelo corpo bem delineado e firme. Eu quero, mas não consigo porque não me permito.
Me mandaram um vídeo. Filtro solar, traduzido por Pedro Bial. “ Você não é gordo como pensa. Pensar em problemas é tão eficaz quanto mascar chicletes enquanto resolve um problema de álgebra.” De certa forma, faz sentido. Por outro lado – o meu lado –, como deixaria de pensar, se é apenas nisso que penso? Seria também um problema não pensar em problemas.
Acho legal o otimismo de muitas pessoas, mas não vejo resultado nenhum. E otimismo quando não se tem pelo que otimizar, é apenas mentir pra si mesmo. Os covardes sofrem menos.
Minha avó foi internada nesta quinta-feira. Fico pensando como seria pra ela não pensar nos problemas dela. Na dor que ela sente. E também como teria vivido a juventude. Se teve os mesmos pensamentos que eu. Gostaria de poder fazer algo por ela. E por mim.
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