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quarta-feira

25 de agosto de 2009, continuação.

07: 57 pm

    Aula de português e Linguagem Jurídica. Quando peguei a grade curricular imaginei que essa seria a matéria com que eu mais me idificaria. Professor é um saco. Inteligente, mas um saco².
    Eu estou com sono, muito sono.
    Não deveria ter vindo pra aula. Pensando assim eu deixo de ir o resto do ano.
    Quase perdi a van também. Sempre estou atrasada.
    Sempre!
    Tive que ligar pro motorista. Eu não posso mais faltar, querendo ou não, e hoje tinha entrega de trabalho. O meu, inventei boa parte. O energúmeno do professor gosta de tudo muito organizado.
    Eu não sou organizada!
    Acho que vou matar o resto da aula, depois do sino.
    Não estou bem!
    Não suporto mais.
    O que eu seguro dentro de mim aparece como uma fraqueza corporal. Um não sorrir. De olhos mortos voltados para o teto. De roupa estranha que me deixam gorda.
Estou com fome.

    Eu comentei sobre o filme que assiste esta tarde. Talvez quando eu chegar em casa, não escreva nada. Vou jogar. FATO! Também não sei se vou conseguir descrever como gostaria aqui, agora.
    Estou irritada.

    É um filme bonito e ao mesmo tempo ousado. Fala do amor em dois âmbitos, carnal e o amor conquistado, delicado. Amor amor. Todo homem deveria ser como Don. Don Juan De Marco.

    Don: Quando falo que minhas mulheres são extraordinárias e esplendidas beldades, eles riem. Dizem, essa tem seio pequena, aquela o quadril muito largo a outra o nariz muito grande. Eles não podem ver como eu as vejo. Lindas como são.

    Acho que era algo assim só que de forma sedutora, mais delicada e rebuscada. Sei lá, ele é realmente Don Juan. O modo como fala, seja um papel representado ou não, seduz. E, por alguns instantes me senti desejada, mesmo que não houvesse ninguém me desejando. Me senti bonita. Como Dona Ana, amada.

    Outra cena.
    Don: Desde menino já sabia que era diferente. Brincava de brincadeiras diferentes. ( A cena passa com ele recebendo flores e uma fila de meninas para da um beijo nele, enquanto outros garotos brincavam de futebol.) Aos 6 anos, quando vi Dona Graça na janela, vi como uma roupa intima mal tocava a sua pele. Parece que um véu vindo dos céus recobria seu corpo com suavidade, maciez. Foi ai que aprendi como uma mulher deve ser tocada.

    Contaria mais coisas. Apesar de não me recordar muito bem. A musica é encantadora, bastante conhecida. Não me lembro o nome agora. É uma história interessante. Dada-me por um amigo importante que o tempo ignorante fez questão de arrastar para a distancia. Poético.

    Intervalo. Vai ter outro trabalho pra entregar no fim da aula. Não vou poder matar aula.

12:03 am

    Fim de noite.
    Eu comi uma coxinha de frango com molho de pimenta. Confesso, a melhor que já comi. Passei frio quando voltava para casa porque as janelas tinham de ficar semi-abertas por precaução a gripe. Queria ter sentado atrás. Estou me sentindo atraída por um rapaz da van. Conversamos apenas um dia, e eu o desejo. Sinto um pouco de culpa e me controlo. Eu consigo isso. Culpada pelo Alexandre. Já fiz ele sofrer tanto. Eu acho. Isso se deve pelos gostos. Ele leu e tem os livros que do autor de romance medieval que mais admiro. Conversamos todo o caminho da volta. Ele é bonito também. Enfim...
    Cheguei em casa. Comi, vomitei, mas sei que não foi o suficiente.
    Talvez agora eu durma.

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